O policiamento de nível rasteiro faz uma força danada para se equiparar, com seus métodos, aos supostos bandidos. É sentinela ateando fogo em maconheiro queimando fumo em terreno baldio do Exército, no Rio. É PM obrigando algemados a se beijarem, em Pernambuco. É segurança das Casas Bahia, em São Paulo, atirando em cliente comprando colchão para formar família, só porque duvidou da pinta do freguês, de bermuda e chinelo, muito parecido com os bandidos aos quais freqüenta e toma bênção. Basta virar autoridade para torturar, humilhar e matar, sob a desculpa de que bandido bom é bandido morto. Ordena-se que tamanhos meliantes ingiram Simancol, recomendado a quem não se apercebe da inconveniência da sua própria atitude: terminar seus dias de manda-chuva junto aos seus na prisão.