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VIA DUPLA

vi a óbvia via de mão dupla
havia vil azia
fazia mal sem pedir desculpa

sórdida vida ferida
em carne viva

eu via, mas não agia
quem nunca?

Quem nunca alimentou uma relação de Codependência, ou vive numa e não se dá conta, talvez não entenda esta mensagem. A minha viagem poética brinca com a sonoridade das palavras, mas trata de um assunto sério e doloroso.

Relacionar-se com pessoas significa estar o tempo todo lidando com uma realidade diferente da nossa. Isto pode não só gerar desentendimentos, como conflitos. E neste rito de tanto contato, muitas vezes há acomodações e dependências de ambos os lados. A pior delas não é nem a financeira e sim a emocional.

Acomodar-se com o que não está bom, mas já é conhecido. Depender daquele contato nem que seja pra poder brigar e assim culpar o outro pela nossa própria desordem emocional. Se aconchegar no caos alheio pelo receio de estar sozinha. Gostar de ser (se) fazer de vítima sem nem tomar consciência do porquê, do tipo que “só Freud explica”.

Este não é um fenômeno apenas de relações amorosas e familiares. Há quem viva reclamando do chefe ou do trabalho, mas não consegue sequer parar pra procurar uma outra alternativa. E assim vai se cutucando e aumentando as feridas.

Quando escrevo isso, que fique claro, posso dizer que sei bem do que estou falando. Já vivi inúmeros casos assim na minha vida, mas depois que a gente consegue olhar com coragem pras nossas próprias maldades, a gente se reeduca a fazer diferente. Fica alerta para seguir mais leve em frente.

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Antonio Carlos Gaio
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