Como Jung explica por onde seguir pelos meandros da vida, fazendo-nos conhecer melhor a essência do que nos preocupa e sobrecarrega nossa mente, concentrado em ampliar o sentido da existência.
“Nós precisamos entender melhor a natureza humana, porque o único perigo real que realmente existe é o próprio homem.” O homem pode nos aproximar do caos.
“Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não experiências, mas nem mesmo percebemos que as certezas só podem surgir através das dúvidas e os resultados somente através das experiências.” Dúvidas não podem constituir-se num martírio, nem as experiências trazerem o receio de que não vale a pena arriscar-se.
“Tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são.” Isto costuma embaralhar nossa cabeça, pois o que conseguimos enxergar tende a ocupar todo o espaço de como as coisas realmente são.
“Tudo o que nos irrita nos outros pode levar-nos a um entendimento de nós mesmos.” Tendemos a rechaçar o que nos irrita, dificilmente sacando que a raiva pode nos ajudar a buscar no inconsciente o que só conseguimos entrar em contato nos sonhos.
“Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar.” A cura tem que vir das nossas próprias entranhas.
“O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera.” As labaredas da paixão proporcionam prazer mas também consomem os amantes, podendo o amor frequentemente se transformar em ódio com facilidade. É uma travessia difícil de vencer as tormentas trazidas pelos sentimentos à flor da pele.
Por outro lado, sugere-se o Céu “no encontro de duas pessoas que se assemelha ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação”.
Entretanto, “o sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o”. Não tem como escapar, somente suportando sua carga que, com o tempo, vai aliviando ou se incorporando à sua existência.
“Até onde conseguimos discernir, o único propósito da existência humana é acender uma luz na escuridão da mera existência.” Se todos vivemos no breu de nossa ignorância, acender a luz é um sinal de que aumentou nosso grau de consciência.
Como por exemplo: “O indivíduo não realiza o sentido da sua vida se não conseguir colocar o seu Eu a serviço de uma ordem espiritual e sobre-humana.”
“Creio simplesmente que alguma parte do Eu ou da Alma humana não está sujeita às leis do espaço e do tempo.”
“A questão não é atingir a perfeição, mas sim a totalidade.”
“Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der.”
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