A cidade de Magé, no Estado do Rio de Janeiro, foi invadida por uma família que ganhou as eleições por anos e afundou o município, desmoralizando seus habitantes com a preocupação de perpetuar seu sobrenome em 22 colégios municipais, 2 postos de saúde e diversos logradouros públicos. Foi um tal de Pergentina e Affonsina na famigerada família Cozzolino a infestar a pobre Magé, cujo infortúnio lembra a desgraça que caiu sobre Antonio Carlos Magalhães quando seu filho Luís Eduardo morreu surpreendentemente e o velho senador baiano saiu trocando o nome de cidades no interior, escolas, hospitais e avenidas baianas, além do aeroporto de Salvador. Dividindo sua dor conosco, que não temos um Estado à disposição para minimizar nossas perdas. Que os políticos roubem, é uma tradição no país. Mas aturar sobrenomes num futuro não muito distante em que nem lembraremos quem foi e o que fez, a não ser ter roubado muito, é um escárnio ao qual continuaremos a ser submetidos pois a indignidade perdura enquanto não formos capazes de arregaçar as mangas e tomar uma atitude. Impedir que supostos herdeiros se assenhoreiem de nosso destino enfrentando-os em seu terreno onde julgam que nos dominam e manipulam.